A História do Karatê
O karatê é uma arte marcial japonesa que surgiu na ilha Okinawa. A história do karatê começa quando o monge indiano Bodhidarma caminha da Índia para China querendo fundar um mosteiro budista. Além dos conceitos de contemplação do budismo, Bodhidarma levou uma técnica de luta sem armas, com objetivo de manutenção da saúde e autodefesa, dando início as artes marciais
Okinawa pertencia a China durante a dinastia Ming e o intercâmbio cultural foi inevitável. Após o final da dinastia Ming, Okinawa passa a ser dominada pelo Japão. Querendo evitar uma rebelião, os japoneses proíbem o uso de armas de fogo em Okinawa. A população começou a utilizar pés e mãos como forma de defesa, os mestres selecionavam os alunos e seus treinos eram secretos. A repressão da elite japonesa era tão grande que foi comparada com a perseguição a capoeira no Brasil Imperial.
No séc. XIX com a liberação do uso de armas de fogo, a história do karatê muda, a partir daí o karatê começa a ser praticado com enfoque em educação física e fundamentação espiritual, sendo introduzido como educação física em 1905.
O principal responsável por popularizar o karatê
fora de Okinawa foi o mestre Gichin Funakoshi. Em
1916 fez a primeira demonstração pública, na cidade de Kyoto, em 1921 faz uma apresentação para Hiroshita, o futuro imperador do Japão. Em 1923, o mestre Funakoshi se muda para Tóquio com intuito de propagar o karatê no Japão, sempre buscando formar homens como cidadãos úteis a sociedade.
Após a derrota japonesa na 2ª Guerra Mundial, as forças Norte Americanas dominaram o Japão e proibiram a prática do karatê. Porém, alguns alunos de Funakoshi convenceram que o karatê era um esporte inofensivo, além disso, alguns soldados americanos estavam interessados em aprender aquela nova arte marcial. Assim com a imigração japonesa, o karatê se propagou pelo mundo ganhando adeptos de várias nações do mundo.
Hoje, segundo dados da Federação Mundial de Karatê (WKF), já são mais de 100 milhões de praticantes em todo mundo. Um deles é Vinicius Figueira, ex atleta universitário da modalidade – medalhista no Mundial Universitário de Karatê de 2014, que está na briga por uma vaga em Tóquio 2020.
A essência do
karatê consiste em golpes, chute e socos, e as competições são organizadas em
dois formatos: o kata – simulação de luta na qual o atleta executa movimentos
de ataque e defesa, e o kumite – uma luta real entre dois atletas. No kata, os
competidores podem escolher entre os 102 movimentos reconhecidos pela Federação
Mundial de Karatê e, após demonstração, são julgados por fatores como força,
velocidade, ritmo, equilíbrio, solidez, clareza e outros. Já no kumite, os
atletas se enfrentam em uma área de 8mx8m e tem como objetivo acertar uma série
de golpes na área alvo do corpo do oponente; ganha o competidor que acumular
oito pontos a mais que o seu adversário durante a luta, ou que conseguir mais
pontos no tempo designado (três minutos).