REGIÃO NORTE
Amazonas (AM)
Essa dança utiliza pares separados,
que fazem uma coreografia com passos distintos, chamados de jornadas. São duas
fileiras de mulheres e homens, realizando diversos passos, os quais terminam no
passo inicial. As roupas também são importantes; os homens usam fraque de abas,
colete, meias longas, gravata e sapato preto. Já para as mulheres, a vestimenta
é composta por saias longas, meias brancas, sapatos e blusas folgadas. A música
que embala os dançarinos utiliza o violão, cavaquinho e rabeca.
Essa dança é constituída de dançarinos em duplas que fazem
cinco movimentos durante a Dança do Maçarico: Charola, Roca-roca, Repini-co,
Maçaricado e 'Geleia de Mocotó'. Os passos variam entre lentos e ligeiros e a
umbigada. As músicas que embalam os dançarinos são tocadas com a ajuda da
viola, tambores, rabeca e sanfonas.
Essa dança é constituída de pares que dançam de forma livre
e os dançarinos devem apenas passar pelo menos uma vez na frente do grupo
musical. Caso a banda encerre a música no momento em que um casal estiver
passando, é feita a escolha do homem ou da mulher para que declame versos. Caso
ele não consiga esse feito, a pessoa será vaiada e terá que pagar uma prenda,
ou seja, será 'desfeitado'.
Pará (PA)
O nome da dança é de origem indígena com os nomes Curi, que
significa pau oco, e M'bó, que significa furado. Os homens devem trajar uma
calça curta no estilo pescador e uma camisa que contenha estampas. As mulheres
utilizam uma saia rodada e com estampas, uma blusa, colares e flores presas aos
cabelos. Os dançarinos a executam com os pés no chão.
Os homens batem palmas para as dançarinas e isso é o indício
de que elas estão sendo chamadas para dançar também. Em forma de roda, as
mulheres balançam a saia para que ela atinja a cabeça de seu parceiro. O ato é
realizado no intuito de humilhar o homem para que ele saia da dança. Um dos
momentos mais importantes ocorre quando cada casal vai para o centro da roda e
o homem deve apanhar um lenço com a boca, que foi jogado no chão pelo seu par.
Se o feito for satisfatório, ele recebe aplausos. Caso ele não consiga, a
mulher joga a saia em seu rosto e ele deve sair da dança.
Essa dança é considerada uma representante da alegria dos
negros no Brasil após a Abolição da Escravidão. Ela é caracterizada por uma
marcha que mescla a religião e o profano. Ela é realizada por duplas e sempre
aparece durante os festivais no estado.
Tem origem africana e é muito
sensual, pois a intenção dela é mostrar o convite do homem para ter um encontro
sexual com a mulher. Primeiro, há uma recusa; porém, ele insiste e ela aceita.
A Lundu Marajoara mostra o ato com o passo da umbigada, quando acontecem
movimentos de dança mais sensuais. As mulheres utilizam saias coloridas e
blusas rendadas. Já os homens vestem calças de preferência na cor branca. Essa
dança também recebe a ajuda de instrumentos como o banjo, cavaquinho e
clarinete.
A dança é uma homenagem a São Benedito e acontece em três
ocasiões: Natal, dia de São Benedito e no dia 1º de janeiro. Os homens e
mulheres que participam recebem o nome de marujos e marujas. Eles bailam pela
cidade, reproduzindo o gesto de um barco na água. As mulheres ordenam a dança e
os homens participam com os instrumentos musicais, como tambores e violinos.
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