Rafting

Publicado  segunda-feira, 1 de junho de 2020

 


Esporte de aventura executado na água

O rafting é um dos esportes radicais praticado na água. Uma das modalidades que mais estimulam a adrenalina, ela consiste em descer corredeiras com botes infláveis, passando por redemoinhos, ondas pequenas e grandes a depender do local. Um dos objetivos deste esporte é atravessar os obstáculos naturais do trajeto, como pedras, corredeiras e quedas d’água. A atividade é coordenada por um responsável durante o trajeto, além disso pode ser executado por uma equipe de quatro a doze pessoas, de acordo com o tamanho do bote.

 

História do Rafting


Segundo historiadores, o rafting foi descoberto pelo soldado, geólogo, botânico e explorador norte-americano, John Wesley Powel, no ano de 1869. Powel ficou famoso por ter organizado a primeira expedição em barcos que possuíam remo central, no rio Colorado, nos Estados Unidos.  Os iniciantes na modalidade não detinham de muitas técnicas para conduzir os barcos rígidos e pesados como eram naquele período, por conta disso chegaram a virá-lo e até bater em pedras naturais.

O ano de 1842 marcou o início da história moderna do Rafting. O engenheiro, botânico e político Lieutenant John Fremont realizou suas primeiras viagens utilizando um barco desenhado por Horace H. Day, pintor americano da época. Com poucos recursos, o barco foi construído com quatro cabines separadas, feitos de tecido e borracha da Índia. Diferente de outros barcos, possuía fundo liso e formato retangular. Esse bote foi denominado de Air Army Boats.

Nataniel Galloway transformou as técnicas de rafting. Galloway fez uma mudança simples, mas que veio muito a calhar: colocou o banco do bote virado para frente. Essa substituição ajudou os aventureiros a passarem pelos obstáculos naturais das corredeiras, bem como colaborou para a execução das manobras. O rafting ascendeu depois da primeira e segunda guerra mundial, quando os botes de borracha foram trazidos pelo exército americano com o objetivo de utilizá-los como bote salva-vidas.

O ano de 1950 foi um bom ano, pois os equipamentos começaram a ser aprimorados, além da exploração de novos trajetos. Isso fez com que os admiradores dos rios se atraíssem pelo rafting, dando maior visibilidade ao esporte. No ano de 1960 alavancou ainda mais a modalidade, uma vez que novos botes foram produzidos.

Em contrapartida, o ano de 1972 não foi tão benéfico. A modalidade passou por um período sem grandes novidades. A década de 80 voltou a melhorar devida à invenção do self bailer, um bote com fundo vazado, produzido por Vladimir Kovalik, Rafael Gallo, a companhia Metzler da Alemanha etc.

Rafting no Brasil

No Brasil o rafting começou a ser praticado na década de 80. Os primeiros botes para corredeira surgiram no país no ano de 1982, através da TY-Y Expedições, primeira empresa brasileira especializada no esporte, que operava nos rios Paraíba do Sul e Paraibuna, no Rio de Janeiro. A década de 80 foi um momento em que o esporte não estava tão aceso no país, pois todas as programações foram destinadas para receber turistas estrangeiros que vinham de férias para a cidade do Rio de Janeiro.

O esporte começou a ganhar maior notoriedade com a primeira empresa especializada em rafting no Brasil, a Canoar Rafting e Expedições, no final da década de 90. A empresa trouxe a modalidade com remos individuais, importante inovação para o rafting brasileiro.

Equipamentos


Para a realização segura dos esportes, assim como outras modalidades, é necessário alguns equipamentos. No caso do rafting, o bote utilizado deve estar de acordo com os objetivos da equipe, além do número de participantes, pois cada bote possui atributos distintos.

Os botes são produzidos por um material resistente, o hypalon, tecido que mistura fibra de poliéster e neoprene. O tamanho pode ser entre 3,65m até 5,50m. Segundo os praticantes, quanto maior for o tamanho do bote, melhor será a estabilidade durante o percurso.

Também é muito importante o uso dos remos. Eles precisam ser leves, fáceis de manusear, fabricados por um material de plástico firme, além dos cabos feitos de alumínio.

Os coletes precisam ser próprios para atividade em rios de correnteza. Eles permitem boa flutuação e proteção do corpo para as situações vividas no rafting.

Outro objeto essencial para a prática do esporte é o capacete.  Ele deve ser leve e firme para garantir proteção adequada, caso ocorra choque nas pedras. Também é necessário que  possua regulagem interna para acomodar os diferentes tamanhos da cabeça de cada praticante.

Já o saco estanque é outro item imprescindível. São pequenas sacolas à prova d’água próprios para levar artigos de primeiros socorros, pedaços de tecido para o bote, caso seja necessário, máquinas fotográficas, além de outras roupas, água, lanche, etc.

Níveis do rafting

•Nível I: áreas com pequenas pedras. Esse nível exige raras manobras.

•Nível II: nesse nível as águas são mais movimentadas. Pode apresentar poucas algumas rochas no trajeto, o que requer o exercício de algumas manobras.

•Nível III: apresenta ondas pequenas e pequena queda d’água. Esse nível expõe grandes riscos. Também requer algumas habilidades de manobra.

•Nível IV: esse nível contém ondas médias, presença de poucas pedras e quedas grandes. As manobras são mais complexas.

•Nível V: Nesse nível as ondas, pedras e quedas são grandes. Envolve riscos maiores, por isso requer manobras precisas.

•Nível VI: Corredeiras bem perigosas. Nesse nível há presença de pedras e ondas grandes. Com o grande atrito com a água pode haver danos no bote.

•Nível VII: o nível mais perigoso de todos, pois corre-se o risco de machucar gravemente os praticantes, além de levá-los à morte. Para a realização desse trajeto é necessário muita habilidade e conhecimento das técnicas.

Onde Praticar


Com uma diversidade natural incrível, os praticantes do rafting encontram no Brasil lugares fascinantes para realizar manobras de níveis simples e avançado. A cidade de Brotas, localizada no interior de São Paulo, é um dos principais locais de execução do esporte. Conhecida como a cidade brasileira referência dos esportes radicais, ela oferece uma excelente infraestrutura, principalmente pelas condições naturais. Tanto iniciantes quanto os atletas radicais visitam este local para a prática do rafting. 

Outro local muito conhecido para a prática do esporte são as Cataratas do Iguaçu. Diferente de Brotas, em Iguaçu o nível de dificuldade é avançado, indicado para quem tem muita experiência e habilidade com a modalidade. A prática pode durar duas horas. e os atletas podem superar ondas de até 1,5 m de altura.

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